segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Tuna Luso esta classificada para semifinal da Taça Cidade de Belém.

Fotos Bruno Cecim




Sétima rodada do primeiro turno do Campeonato Paraense definiu ontem os esperados confrontos semifinais.

A Tuna Luso recebeu o Cametá, pelo Campeonato Paraense e ficou no empate em 1 a 1, em Belém, neste domingo. O resultado deixou o Cametá com 11 pontos, em segundo, e a Tuna em terceiro, com dez.

Desta maneira, a equipe da Tuna esta classificada para semifinal da Taça Cidade de Belém. Curiosamente, as duas equipes vão se enfrentar na próxima fase.

O Cametá abriu o placar aos 31 minutos, com Soares batendo pênalti. Cinco minutos depois, a Tuna empatou com Edilson Belém. Placar final de 1 a 1.

As duas equipes voltam a jogar na próxima quarta-feira (8), a primeira partida de mando para a Tuna.

CAMPEONATO PARAENSE 2012 - TAÇA CIDADE DE BELÉM

CLASSIFICAÇÃO

Clube PG J V E D GP GC SG

1º Águia 13 7 4 1 2 10 7 3

2º Cametá 11 7 2 5 0 8 6 2

3º Tuna Luso 10 7 3 1 3 10 9 1

4º Remo 10 7 3 1 3 6 8 -2

5º Paysandu 9 7 3 0 4 9 9 0

6º São Francisco 9 7 2 3 2 10 10 0

7º São Raimundo 9 7 2 3 2 8 9 -1

8º Independente 5 7 1 2 4 7 10 -3

PRÓXIMOS JOGOS

Data Horário Jogo Local

08/12 16h Tuna x Cametá Souza - Belém

09/12 20h30 Remo x Águia Baenão - Belém

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Miguel Cecim "O Homem das 7 Chaves"

Miguel Cecim ficou conhecido como "O Homem das 7 Chaves" por uma característica própria como Técnico de Futebol: - Enquanto os outros treinadores definiam "uma" única estratégia para empregar em cada partida, conforme o perfil do adversário, Cecim montava um sistema de rodízio utilizando várias estratégias, que se alternavam entre si, durante a mesma partida.


AS 7 CHAVES



Esta permanente mutação na estratégia do jogo desnorteava o adversário, não lhe dando nenhum momento de acomodação no jogo nem lhe permitir fixar uma forma de jogar. Uma curiosidade? Cecim tinha dois auxiliares valiosos para aplicar sua estratégia, durante os anos em que treinor a Tuna Luzo Brasileira, a quem deu dois campoenatos (1951 e 1958): o massagista Macaco e o atacante China. O método era símples: tendo sido tudo combinado antes das partidas e exercitado nos treinos, Cecim, China e Macaco formavam uma cadeia de comunicações que funcionava assim. Cecim dizia a Macaco: - Toalha no ombro esquerdo. - Macaco punha a toalha no ombro esquerdo, China lá do meio do campo via e mudava todo o jogo. Cecim, momentos depois dizia: - Macaco, toalha na cabeça. E China mudava no campo todo o jogo para seus companheiros. O adverário era sempre surpreendido, e a Tuna de Cecim se caracterizava por aplicar goleadas históricas em seus adversários, das quais não escapam seus dois principais rivais: Payssandy e Remo. Quando foi o treinador da Seleção Paraense de Futebol, Cecim levou suas estratégias para o Maracanã e outros estados que acolhiam multidões. Mas, sempre apegado à sua terra, apesar de receber convites de times do Rio, jamais aceitou deixar Belém do Pará, sua cidade Natal. Nem no fim da vida, quando recebneu convites do futebol milionários dos países árabes.



HUMILDADE E CRIATIVIDADE: O "W M' DE CECIM VEIO ANTES DO DE YUSTRICK



A humildade e a amizade foram suas marcas registradas. Sempre atenciosos com todas as pessoas que o abordavam nas ruas de Belém, parava para conversar e responder a perguntas. Essa mesma característica também marcou sua carreira como técnico. Muitos anos antes do célebre treinador Youstrick lançar o que ficou famoso como 'W M", Cecim já havia criado esse sistema de jogo, que era uma das suas "7" estratégias: a Tuna ora se transformava em "W" no campo, com todo o time avançando no ataque, ora se transformava em "M", com todo o time descendo para a defesa. Quando os paraenses amantes de futebol viram o sistema de Youstrick, o c0mentário foi geral: - Mas o Cecim já inventou isso faz tempo!



TREINANDO SEM BOLA



Cecim - que antes de ser técnico havia sido meio-campo, um meio-campo que pensava o time todo e distribuia as jogadas e as bolas com visão total do jogo - dava muita importância à preparação teórica de sua equipe. Entrar em campo para treinar com a bola era a última fase dos estágios dos seu treinos. Primeiro, ele lavava os jogadores para diante de um quadro negro, e nessa louza traçava todos os movimentos de cada um e da equipe como um todo. Cada jogador tinha um função pessoal e outra - ou muitas outras - em relação aos demais. A segunda etapa se dava no gramada, mas ainda sem tocar na bola: Cecim ensaiava as jogadas deslocando os jogadores no campo, numa simulação das jogadas e estratégias a serem empregadas. Por fim, em terceiro lugar, aparecia a bola: mas somente para ensaiar jogadas individuais ou de formas de ataque e defesa, com grupo de jogadores. Apenas na quarta etapa, final, dos treinamentos, a bola aparecia: era a hora de aplicar tudo o que havia sido ensinado e assimilado desde a primeira fase, diante da quadro negro.

Memórias do futebol no Pará



Uma das formações tunantes mais conhecidas é a que ganhou o campeonato de 1955: Sarará, Mário Ney e Nonato; Maneco, Satyro e Muniz; Acapu, China, Estanislau, Teixeirinha e Juvenil, todos jogadores locais. Os técnicos campeões foram Salvador Perini (1948), Miguel Cecim (1951, 1958 e 1988); Nagib Matni (1958); Aloísio Brasil (1970) e Fernando Oliveira (1988).

PERSONAGENS DA HISTÓRIA DA TUNA - MANECA


Maneca



MIGUEL CECIM: ELEGIOS À TÉCNICA
Maneca fez muitas amizades através do futebol e a oportunidade de trabalhar com bons profissionais. Miguel Cecim, saudoso técnico da Tuna, provoca recordações especiais em Maneca. “Tive vários treinadores, mas nenhum deles me impressionou mais que Miguel Cecim”, admite. Ele era um técnico bem avançado para a época em que viveu no futebol. Ele era um ousado”, elogia Maneca. “O Miguel já pensava, naquela época, no futebol sem posição definida, o futebol compacto e solidário”, afirma.
Maneca recorda o Campeonato de 51, vencido pela Tuna Luso, que tinha Cecim como treinador. “O Campeonato foi vencido com a utilização do falso ponta-esquerda que trocava passe com o lateral para fugir dos adversários”, conta. Essa mesma jogada passou a ser usada pelo utilizada pelo técnico Cláudio Coutinho, que a batizou de over laping. “Bem antes do Coutinho utilizá-la no flamengo, o Cecim já o adotava na Tuna Luso”, garante.
O over laping de Cecim permitia que os atacantes tunantes se dessem bem na conclusão das jogadas iniciadas nas laterais. Mas quem atuava no meio-campo também tinha a oportunidade de chegar ao gol e balançar as redes inimigas. “Eu mesmo cheguei a fazer alguns gols aproveitando as jogadas de linha de fundo”, recorda o jogador

Sinomar, o homem de todas as frentes (teve como mestre o estrategista Miguel Cecim)

Até virar técnico de futebol, há 15 anos, Sinomar Naves acumulou experiências nas mais diferentes funções. Ao encerrar a carreira de jogador, formou-se em educação física e trabalhou como preparador físico na Tuna, dirigente e técnico no Pedreira, auxiliar-técnico, gerente e técnico no Paysandu, técnico na Tuna, no Goiânia, no Remo e no Independente. Os frutos começaram a surgir em 2002, com o vice-campeonato estadual pela Tuna. Em 2005 o primeiro título de campeão paraense, pelo Paysandu, e o segundo este ano pelo Independente/Tucuruí. Agora o desafio de reconstruir o futebol do Remo, mesma missão já cumprida em 2009.

Sinomar Naves teve como mestre o estrategista Miguel Cecim, que além de ter sido seu treinador na Tuna, o recebeu em casa muitas vezes para consultas. Nas dúvidas e no aprofundamento de conhecimento, quando começou a atuar como técnico Sinomar buscou no mestre ensinamentos que aplica até hoje. E está provando que aprendeu.

09/07/2011
Jornal O Liberal

Tuna Luso - Memória do Futebol Paraense




A Tuna Luso foi fundada no dia 1º de janeiro de 1903, por vinte e um portugueses, radicados em Belém, com o objetivo de difundir e perpetuar a cultura musical portuguesa. Foi inicialmente chamada de Tuna Luso Caixeiral, pelos seus fundadores portugueses, que tinham como ocupação vendedores viajantes (caixeiros). Posteriormente, em 1926, foi denominada de Tuna Luso Comercial e por fim, em 1968, como Tuna Luso Brasileira.

O início da Tuna Luso

Foi com a visita do cruzador português Dom Carlos à cidade de Belém, em 1902, que um grupo de portugueses, liderados por Manuel Nunes da Silva, decidiu fundar um grupo musical para perpetuar as músicas da terra distante, Portugal. Assim, nascia a Tuna Luso, que significa conjunto musical (Tuna) português (Luso). Por serem todos comerciários, na época chamados de caixeiros, adotou-se o nome de Tuna Luso Caixeiral. No dia 1º de janeiro de 1.903, era oficialmente fundada por 21 bravos portugueses.

Taça 5 de Outubro

Em 1915, por iniciativa de Francisco Vasquez é fundado o futebol cruzmaltino. Era um time caseiro e não era filiado à Liga. Por ser bastante competitivo, o time participava de vários jogos com outros times, principalmente em datas históricas. E é nos festejos de 5 de outubro que a colônia portuguesa promoveu um jogo entre a Tuna Luso e o Grêmio Luzitano. Com uma simples vitória, 1x0, a Tuna Luso ganhou o seu primeiro troféu futebolístico. A partir deste feito, começaram os trabalhos para a Tuna participar da liga profissional de futebol, sob o comando do grande Francisco Vasquez, como a inauguração do Estádio Cruzmaltino, em 1935.

O primeiro campeonato paraense invícto

Após 04 anos do início de sua participação no campeonato paraense, a Tuna Luso, agora Comercial, montou um time poderoso para ganhar o seu primeiro campeonato. Contando com craques como Aldomário, Jango, Mattos, Pitota e o goleiro Licínio, a Tuna Luso jogou 08 partidas , sendo 06 vitórias e 02 empates. Marcou 37 golos e sofreu apenas 12. Com goleadas sobre os extintos Júlio César (8x1 e 8x0) e Nacional (6x0), a Tuna Luso decidiu o campeonato com o Paysandu, ganhando com o placar de 2x1, com os golos de Jango. O time sagrou campeão com Licinio, Setenta, Cinco, Aldemário, Pellado, Setenta e Sete, Lulu, Conega, Jango, Pitota e Patesko.

1938 - O Bi-campeonato

Para este ano, a Tuna Luso Comercial manteve o time base da conquista anterior, e ganhou o título por antecipação. Assim, não jogou as partidas finais com o Clube do Remo e o Paysandu. Fez 07 partidas, ganhando 06 e perdendo apenas uma. Fez 30 golos e sofreu apenas 12. Foram várias vitórias com goleadas, sobre o Júlio César (7x1), Clube do Remo (5x3), Transviário (4x0). Nesta época o Paysandu tinha o Quarenta, mas o placar foi 3x2 para o time cruzmaltino. Com a vitória sobre o Nacional (3x2) a Tuna Luso sagrou-se campeã por antecipação, jogando com Bubu, Setenta, Cinco, Aldomário, Pio, Marcelo, Lulu, Conega, Pinhegas, Pitota e Mattos.

1941 - Mais um campeonato invícto

Com a orientação de Acácio Almeida, a Tuna Luso consegue mais um título invicto e neste mesmo ano os campeonatos do Torneio Início e 2ª Divisão. Tendo como advérsários o Clube do Remo, campeão da temporada anterior e o Paysandu, chamado pela imprensa de “Esquadão de Aço”, a Tuna Luso ganhou o campeonato com 07 vitórias e 02 empates, ambos com o Clube do Remo (3x3 e 1x1). Marcou 48 golos e sofreu apenas 09. Seu maior destaque era o goleiro Simeão, sem falar do ataque que fazia tremer qualquer defesa. Tiveram goleadas homéricas, contra o Júlio César (13x0) e Marco (14x1). O time ” Esquadrão de Aço” perdeu as duas partidas (3x0 e 3x2) e em uma das partidas com o Clube do Remo, a arbitragem, em jogo tendencioso, expulsou o goleiro Simeão, com a partida terminada em 1x1 e que o time cruzmaltino não jogou todo o tempo regulamentar. O campeonato veio com o jogo contra o extinto Transviário, que perdeu de 5x0. A Tuna jogou com Simeão, Bereco, Cinco, Chiquinho, Pio, Setenta, Monard, Lulu, Conegas, Pitota e Poeira.

1948 - Campeã Terra e Mar

Com a equipe praticamente desfeita, desde o último campeonato, somente com Bereco, a Tuna Luso montou um time aguerrido em que destacavam-se o goleiro Dodó, China, Juvenil, Teixeirinha e Daniel , quinteto este inesquecível para a Tuna. Foram 11 partidas, com 08 vitórias, 01 empate e 02 derrotas. Marcou 25 golos e sofreu 13. O Clube do Remo foi vítima de goleada de virada. Após ter levado 03 golos, a equipe cruzmaltina virou e fez 05. O Paysandu também perdeu de goleada com o placar de 4x1. No returno, após a vitória de 2x0 sobre Clube do Remo, a Tuna Luso ganhou o título por antecipação. No último jogo com o Paulista, o placar foi de 1x1. A Tuna despediu-se do campeonato com os campeões: Dodó, Sabá, Conde, Totinha, Nonato, Biroba, Juvenil, China, Palito, Teixeirinha e Daniel. Neste mesmo ano a Tuna Luso sagrou-se também campeã de regatas.

1949 - Torneio Rainha Guilhermina (Suriname)

Convidada especial para participar do Torneio Continental, festivo à Rainha Guilhermina da Holanda, no Suriname, a Tuna Luso jogou com times da Holanda e das outras Guianas. Iniciou a competição ganhando por 4x1 do M.V.V. Em seu próximo jogo, contra o Selecionado do Suriname mais uma vitória, deste vez por 2x0. O novo adversário da Tuna Luso foi o time Robin Hood que perdeu por 3x1. Devido as ótimas apresentações do time cruzmaltino, a Tuna Luso era o time sensação do torneio, uma revanche foi acertada com o Selecionado do Suriname que terminou empatado em 1x1, tornando-se campeã invicta do torneio. Os campeões cruzmaltinos foram: Dodó, Bereco, Conde, Sabá, Biroba, Juvenil, China Palito, Teixeirinha, Daniel, Bebé, Campos e Nequinha.

1951 - Miguel Cecim e seu ataque arrasador

Neste ano, a Tuna Luso tinha como base o time campeão de 1948 e Miguel Cecim como treinador. Contando com Dodó, Bereco, Juvenil, China e Daniel, a Tuna jogou 12 partidas, ganhando 09, empatando 02 e perdendo apenas 01. Foram 40 golos marcados e 15 sofridos. A dupla Juvenil/Daniel foi responsável por brilhantes goleadas no Clube do Remo e Paysandu. Tendo o Paysandu perdido de 5x2 e 6x2 (de virada). A decisão foi com o Clube do Remo, vencedor do primeiro turno e pra quem a Tuna perdeu sua única partida (1x3), em uma “melhor de três”. Na primeira partida 4x1 para Tuna Luso. A conquista aconteceu na partida seguinte, que foi uma complementação, pois o jogo foi interrompido com 41 minutos do primeiro tempo. A Tuna ganhou com o placar de 3x1. A partida final foi jogada com Dodó, Bereco, Biroba, Macaco, Zé Maria, Rubens, Teixeirinha, Juvenil, Abimael, China e Daniel. Mais uma vez a Tuna Luso era campeã Terra e Mar.

1955 - Terceiro campeonato invícto

Contando com uma super-equipe a Tuna Luso ganhou de maneira invicta o campeonato. Foram 16 jogos, com 13 vitórias e 03 empates. Marcou 55 golos e sofreu somente 15. Os destaques foram o atacante Estanislau, com 22 golos e o goleiro Sarará. O primeiro clássico foi contra o Clube do Remo, que perdeu sob o placar de 2x1, mesmo placar sofrido pelo Paysandu. O Combatentes levou uma goleada, 7x1. No segundo turno, o Clube do Remo foi humilhado, pelo placar de 5x0 e o Paysandu perdeu somente de 1x0. No terceiro turno, com apenas 04 equipes( Tuna, Remo, Paysandu e Pinherense), a Tuna Luso estreou com empate de 1x1 com o Paysandu, ganhou do Pinheirense por 4x1 e do Cube do Remo por 3x1. Numa “melhor de três” com o Paysandu, a Tuna empata as duas primeiras partida (3x3 e 0x0) e na final goleia por 4x0. A Tuna Luso foi campeã com Sarará, Mário Ney, Nonato, Maneco, Satiro, Muniz, Acapu, China, Estanislau, Teixeirinha e Juvenil. Novamente a Tuna Luso era campeão Terra e Mar.

1958 - Um título difícil

A experiência dos veteranos das conquitas de 48,51 e 55 fez a Tuna Luso conquistar o campeonato deste ano, jogando 19 partidas. Foram 09 vitórias, 06 empates e 04 derrotas. Marcou 47 golos e sofreu 19. O craque China, foi o artilheiro da equipe, que contava com Sarará, Nonato, Juvenil e Estanislau. Entre os novatos estava Chininha, irmão de China. Miguel Cecim era novamente treinador da equipe. Assumiu o cargo deixado por Nagib Matni, treinador da equipe campeã em 55. Na estréia goleou o Clube do Remo com o placar de 4x1. O Belenense perdeu também por 4x0. Perdeu para o Combatentes (2x3) e para o Paysandu (0x1). No segundo turno, empatou com o Clube do Remo e o Pinheirense. A parti daí começaria a reação tunante. Após ganhar do Belenense e Combatentes foi a vez do Paysandu que perdeu por 3x0 e do Júlio Cesar, pelo mesmo placar. No terceiro turno, mesmo com o empate com o Clube do Remo e Belenense e a derrota para o Paysandu, a Tuna Luso foi decidir com o Clube do Remo o campeonato. Na primeira partida empate de 2x2, na segunda 4x1 de virada. Bastando apenas um empate, a Tuna perdeu de 1x0. Na quarta partida, 3x1 e Tuna Luso torna-se campeã. A Tuna Luso foi campeã com Sarará, Pinheiro, Nonato, Acapu, Iran, Muniz, Edilson, China, Estanislau, Chininha e Cacetão.

Os anos 60

Os anos 60 passaram em branco - o título bateu na trave com os vice-campeonatos de 1962, 63 e 64. Mas, mesmo assim, não deixou de ser marcante para o clube: em 1968 a agremiação mudou novamente de nome, desta vez em definitivo, para Tuna Luso Brasileira.

1970 - A zebra chamada Tuna Luso Brasileira

Foi necessário 12 anos para, agora Tuna Luso Brasileira, conquistar mais um campeonato. E mais uma vez a Tuna era campeã Terra e Mar. Após 14 partidas, a equipe formada por jogadores caseiros, a chamada “prata da casa”, ganhou 09, empatou 04 e perdeu somente 01 partida. Marcou 27 golos e sofreu 16. O goleiro Omar era o único jogador de fora do Estado. Na estréia empatou com o Júlio César e com os Combatentes. Goleou por 3x0 o Sporting Club do Pará e venceu também o Sacramenta. No primeiro clássico, com o Clube do Remo, a Tuna Luso marcou 4x1. E com o Paysandu, o placar foi de 2x0. Com a vitória sobre o Sport Club Belém, por 2x1, a Tuna Luso sagrava-se campeã do primeiro turno e finalista do campeonato. No segundo turno, com uma campanha regular, empatou com o Clube do Remo e o Paysandu, pelo placar de 2x2, sofreu sua única derrota, para o Sport Club Belém. A final seria Tuna Luso e Paysandu, numa “melhor de três”. No primeiro jogo, a Tuna Luso derrotou por 3x2, de virada, o Paysandu que vencia por 2x0. Aos 44 minutos do segundo tempo, Marinho, cobrando pênalti, decretou a vitória cruzmaltina. Na segunda partida, bastaria um empate para o título , mas com um gol aos 42 minutos do segundo tempo, Gonzaga marcou o gol do título. O time que jogou a última partida foi Omar, Marinho, Abel (Carvalho), Neuci, Acari, Antenor, Valtinho, Fefeu, Mesquita, Leônidas (Nilson) e Gonzaga.

1983 - O time de bravos de Ary Grecco e Miguel Cecim

Com 13 anos sem ganhar o campeonato, a Tuna Luso montou um time bem armado, com jogadores experientes e craques. No decorrer do campeonato, assumiu o jovem técnico Ary Grecco e com a orientação do experiente Miguel Cecim, que deixara o cargo de treinador do Sport Club Belém, a Tuna Luso conquistou o título com toda justiça. Foram 28 partidas, 14 vitórias, 10 empates e 04 derrotas. O goleador Miltão, com 33 anos, marcou 17 golos e foi o artilheiro da equipe. A Tuna Luso tinha ganho o Torneio Início e mais uma vez a imprensa pensava que a Tuna Luso somente disputaria o compeonato, sem almejar o título. Iniciou com um empate de 1x1 sobre o Tiradentes, goleou o Sport Club Belém por 5x0. No primeiro clássico com o Paysandu, somente um empate sem gol. Depois viria sua primeira derrota para o Clube do Remo por 0x1. Venceu posteriormente o Santa Rosa e Pinheirense, mas empatou com o Izabelense. No pentagonal, ganhou somente do Sport Club Belém (2x1), e perdeu para o Izabelense, Paysandu e Clube do Remo. Melkisedeck dos Santos foi dispensado e a Tuna Luso contratou Ary Grecco, que exigiu a contratação do goleiro Ocimar, que seria um dos destaque do time cruzmaltino. No segundo turno a Tuna inicia com um novo empate, desta vez com o Tiradentes. Um novo empate por 2x2 com o Izabelense. No primeiro clássico, empate com o Paysandu, por 1x1, com gol do Miltão aos 45 minutos do segundo tempo, cobrando pênalti. Mais um empate, desta vez com o Sport Club Belém e depois com o Clube do Remo. No pentagonal do 2º turno, finalmente o último empate com o Sport Club Belém, com gol do Miltâo nos acréscimos. Ganhou do Izabelense e do Paysandu pelo placar de 2x1, e o clássico com o Clube do Remo por 1x0. No turno final ganhou do Sport Club Belém por 3x0, do Izabelense por 2x0, o Paysandu por 2x0 e o Remo por 1x0. Na primeira partida da final com o Clube do Remo, perdeu por 0x1 e na final, com o placar de 1x1, que daria o título ao Clube do Remo, o zagueiro azulino Sabará marcou contra, dando a vitória e o título a Tuna Luso. A Tuna Luso ganhou o campeonato jogando com Ocimar, Quaresma, Bira, Paulo Guilherme, Macedo, Renato, Ondino, Jorginho, Tiago, Mariolino (Queiroz) e Luiz Carlos. Com esta vitória, pela primeira vez, disputaria a Copa do Brasil.

1984 - A primeira participação na elite do futebol

Com a conquista do campeonato paraense de 83, a Tuna Luso ganhou o direito de participar da Copa do Brasil, pela primeira vez. Em seu grupo, estavam os times do Vasco da Gama, São Paulo, Nacional/AM e Fortaleza. A Tuna Luso manteve praticamente todo o time anterior. Fez 09 partidas, sendo 02 vitórias, 04 empates e 03 derrotas. Iniciou o torneio com um empate, sem gol, com o Fortaleza. Outro empate com o Nacional/AM, desta vez 1x1. No Mangueirão, contra o Vasco da Gama de Roberto Dinamite, Geovanni e Artuzinho a Tuna empata em1x1, com gol de Quaresma. E com o São Paulo de Valdir Peres, Oscar e Dario Pereira, novamente um empate sem gol. Nos jogos de volta, acenteceu a primeira derrota, de forma inesperada. Em São Januário, a Tuna Luso perde de 9x0 para o Vasco da Gama. Contra o São Paulo, mais uma derrota, desta vez por 3x1. Ganhou do Fortaleza, no Mangueirão por 2x1 e do Nacional por 1x0. Para prosseguir na competição, jogou contra o Treze/PB, mas perdeu por 0x1, despedindo-se do campeonato. O time base da Tuna Luso foi Ocimar, Mário, Bira, Paulo Guilherme, Ademilton, Samuel, Ondino, Queiroz, Tiago, Miltão e Luiz Carlos.
O episódio não parece ter desanimado o Tuna Luso - mais valeu a participação na Taça de Ouro. Tanto que em 1985 conquistou a Taça de Prata, referente à segunda divisão. Três anos depois, em 1988, veio o último título estadual da Tuna Luso.
E a última grande conquista do clube lulo-brasileiro foi a Terceira Divisão do Campeonato Brasileiro em 1992.

Torneio Centenário

Em 2008, a Federação Paraense de Futebol organizou um torneio entre os times campeões paraenses: Tuna Luso, Remo, Paissandu e União Esportiva(time já extinto, que foi representado pelo Ananindeua).
A Copa do Centenário foi criada pela Federação Paraense de Futebol com dois objetivos: comemorar os cem anos do primeiro campeonato estadual e movimentar Remo e Paysandu depois da eliminação da série C. Seria um quadrangular em turno e returno envolvendo a dupla Re-Pa e os outros dois clubes com títulos paraenses no currículo: a Tuna Luso e o União Esportiva.
Na primeira rodada, Tuna e União levaram a melhor sobre Remo e Paysandu, respectivamente. O público foi decepcionante: pouco mais de mil torcedores na rodada dupla no Mangueirão. Tendo em vista o fracasso nas arquibancadas, a dupla Re-Pa pediu para abandonar a competição. A FPF atendeu e mudou o regulamento. O torneio seria decidido numa final entre Tuna e União. A Tuna teria a vantagem do empate por causa do melhor saldo de gols (vencera de 3x1 na primeira rodada, contra os 2x1 do União Esportiva).
Na final houve empate em 0 x 0 e a Tuna ficou com o título do torneio.

A Tuna Luso têm como símbolo uma águia. Sua torcida é chamada de cruzmaltina.
Em 1 de junho de 2006, um grupo de quatro amigos, levados pela idéia de construir um movimento de apoio à Tuna Luso nas arquibancadas, fundou a torcida organizada Movimento Uniformizado Cruzmaltino, mais conhecida como MUC. O projeto cresceu e hoje tem cerca de 215 membros associados, com simpatizantes por todo o Brasil e no mundo (por exemplo, Japão).
Ainda em 2006 um outro grupo de torcedores da Tuna Luso formou uma associação, a ATAT (Associação dos Torcedores e Amigos da Tuna), com o objetivo de colaborar ativamente com o clube. A associação tem participado em diversas atividades administrativas e financeiras da Tuna.

Títulos

Nacionais
Campeonato Brasileiro - Série B: 1985.
Campeonato Brasileiro - Série C: 1992.

Estaduais
Campeonato Paraense: 10 vezes (1937, 1938, 1941, 1948, 1951, 1955, 1958, 1970, 1983 e 1988).
Vice-Campeonato Paraense: 18 vezes (1931, 1934, 1940, 1943, 1945, 1950, 1953, 1962, 1963, 1964, 1976, 1984, 1986, 1991, 1996, 2002, 2003 e 2007).

Fontes: Wikepdia, Tuna Luso Net, Fanático Net e Blog De Primeira

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Futebol arte



Mascote da Tuna


Tuna Luso Brasileira



Tuna Luso Brasileira
Apelidos: Tuna; ÁguiaMascote: Águia
Localização: Belém, Pará, Brasil
Fundação: 1º de janeiro de 1903
Estádio: Francisco VasquesCapacidade: 5.000
Presidente atual: Marcos MoraisPatrocinador: Cerpa
Fornecedor de material esportivo: Poker
Internet: http://www.tunaluso.net/ (não-oficial)
Torcida organizada: Movimento
Uniformizado Cruzmaltino (MUC) e Associação dos Torcedores e Amigos da Tuna (ATAT)

Ídolos e Títulos

Por ser um clube muito antigo, de 1903, a Tuna Luso já foi campeã estadual muitas vezes e, com isso, também possui uma grande quantidade de ídolos em sua história vitoriosa. O primeiro a ser lembrado é Miguel Cecim. O treinador dirigiu a Tuna Luso pela primeira vez no ano de 1951, quando foi campeão paraense após comandar a equipe na final contra o Remo. O time daquele ano ficou conhecido por disparar goleadas contra os rivais Paysandu (5 a 2 e 6 a 2) e Remo.